30 de junho de 2014

Buenos Aires - Argentina

Capital da Argentina, Buenos Aires é um dos maiores municípios da América Latina e uma das principais referências culturais do continente.
Um dos pontos fortes da cidade é sua arquitetura: o que mais se vê são construções exuberantes, o que torna o local incrível. A região do Microcentro/ Montserrat, especialmente, esbanja prédios sensacionais. Uma das visitas imperdíveis é o Congresso (foto acima), que é fantástico! Enorme e cheio de detalhes, merece ser apreciado demoradamente. Nessa visita, aproveite para dar uma volta nas praças ao redor - Plaza do Congreso e Plaza Moreno.


Teatro Colón
Outro ponto que vale a pena conhecer é o Teatro Colón. Acabei não participando das diversas atividades internas que o local disponibiliza - como óperas e danças -, mas a visita já vale a pena só pela fachada. Quando eu fui, havia uma exposição super legal sobre a história do local, então vale a pena perguntar se está acontecendo alguma atividade paralela. Todos os dias, o teatro oferece visita guiada por 800 pesos por pessoa (veja a cotação do momento, pois o câmbio varia muito). Apesar de ser um pouco caro, ouvi dizer que vale a pena. Eu não quis esperar pela visita, mas depois me arrependi de não ter ido.

Obelisco
Próximo ao teatro, está o obelisco, monumento histórico de 63 metros criado na década de 1930. Está situado no cruzamento entre a Av. Corrientes e a Av. 9 de Julio - a avenida mais larga do mundo. Caminhar pela 9 de Julio, aliás, é outro passeio interessante: o local reúne os mais diversos cafés, restaurantes e lojas.


Café Tortoni
Recomendo também o passeio em outras avenidas, como Av. de Mayo - onde está o tradicional Café Tortoni. Fundado em meados do século XIX, é considerado um dos principais cafés portenhos. Indico para tomar um chá ou café acompanhado de medialunas (similar ao croissant). O churros de lá é famoso, mas eu achei bem ruim. O ponto forte é o ambiente, que traz decoração antiga e iluminação baixa. Prepare-se para enfrentar fila, que chegam a tomar meia quadra em alta temporada. Se estiver hospedado pelo centro, passe algumas vezes na frente para acompanhar a fila. (Foi o que eu fiz, e dei sorte de ter só um casal na minha frente.)


Galerias Pacífico
Para quem pretende fazer compras, eu recomendo a Av. Santa Fé e a Rua Florida - onde estão as famosas Galerias Pacífico, local que reúne lojas de grifes. É também na Rua Florida que estão os principais câmbios "alternativos", onde é possível trocar dinheiro por um valor melhor. Se eu recomendo? Bom, eu não troquei por lá e me arrependi. O valor é muito melhor e ouvi dizer que os cambistas deixam você conferir nota por nota. O problema de notas falsas em Buenos Aires é geral, ou seja, você deve tomar cuidado - e conferir as notas - em todos os locais, inclusive em câmbio oficial. Na época, preferi trocar em um local oficial e comprei 3,30 pesos com 1 real. Péssima cotação. Hoje em dia é possível trocar 10 para 1, mesmo nos câmbios oficiais. Baita diferença!


Livraria El Ateneo
A Av. Santa Fé, além de ser um dos principais pólos comerciais da cidade, abriga a Livraria El Ateneo. Considerada a segunda livraria mais bonita do mundo, está situada em um prédio de 1919, onde funcionou o Teatro Grand Splendid. Além da arquitetura interna incrível, e da quantidade imensa de livros, ainda é possível se acomodar no café da livraria, no antigo palco do teatro. Existem livros para todos os bolsos e o atendimento é bom. Indicadíssimo! Não é sempre que a gente pode ir à um espaço desses, né?


Casa Rosada e parte da Plaza de Mayo

Outro ponto emblemático no centro é a famosa Casa Rosada. Sede da presidência argentina, é um cartão postal da cidade, não só pela imensa importância histórica, mas também pela arquitetura. Tem que ir! Durante os finais de semana e feriados, o espaço abre para visitação gratuita. Quem optar pela visita guiada (que também não é paga) conhece o museu e a história dos principais setores da Casa do Governo. Infelizmente, não me programei em relação ao horário de visitação e acabei não entrando, mas com certeza quero conhecer quando voltar, parece um ótimo programa para quem gosta de história. Na frente da casa está a Plaza de Mayo, a principal da cidade. Palco de diversos eventos políticos ao longo da história portenha, é nessa praça que as Mães de Maio passaram a se reunir desde a década de 1970 para exigir notícia de seus filhos desaparecidos na ditadura militar argentina e manter a memória desses desaparecimentos. Lá também estão a Pirâmide de Maio (uma espécie de obelisco) e uma estátua do político Manuel Belgrano. Atrás da Casa Rosada, está o Parque Colón, que combina espaços verdes e monumentos históricos.

Diante da Plaza de Mayo está a principal igreja católica da cidade, a Catedral Metropolitana. Sua origem é do século XVI, mas já foi reformada diversas vezes, o que proporcionou uma mistura de diversos estilos arquitetônicos. Com fachada neoclássica, seu interior mescla características do barroco e renacença. A igreja abriga o túmulo de San Martín e diversas estátuas dos últimos séculos. A entrada é gratuita e muito interessante!


Puerto Madero
A alguns minutos de lá, está o Puerto Madero. Centro financeiro de localização nobre, é onde estão muitos dos restaurantes famosos da região. Além de ser um pólo gastronômico, é repleto de bares e oferece um dos principais cassinos da capital - que inclusive, é flutuante. Ademais, é lá que está a Puente de la Mujer - cartão postal da capital - e o museu naval, localizado em um barco do século XIX.
Ainda na região, atrás do Parque Mujeres Argentinas, está o Museu do Humor, que oferece visita guiada de segunda a quarta, das 11 às 15h.


Mafalda na Rua Defensa, em San Telmo
Quem gosta de quadrinhos, aliás, precisa visitar San Telmo. Próximo do centro, é conhecido por ser um bairro boêmio e cheio de construções antigas.
É lá que está a famosa estátua da personagem Mafalda, do Quino, um dos locais mais populares entre os turistas. 
Esse local foi o primeiro a fazer parte do Paseo de La Historieta, um circuito de humor que reúne diversos personagens e pinturas pelo bairro.


Feira de San Telmo
Outro passeio interessante é a Feira de San Telmo, que acontece todos os domingo pela manhã. A feira é enorme e vende de tudo: roupas, bolsas de couro, artigos para casa, jóias, acessórios para chimarrão, etc. Existem diversos restaurantes na região, mas - senão quiser interromper o passeio - você pode optar por um choripan (lanche argentino com linguiça), que é vendido nas ruas. Se quiser estender o domingo em San Telmo, fique para a milonga que acontece na Plaza Dorrego a partir do final da tarde.


Cemitério da Recoleta
Outro bairro bastante conhecido no âmbito turístico é a RecoletaLá está localizado o principal cemitério da cidade, que está na rota turística por abrigar alguns túmulos de personalidade portenhas, como Evita Perón. Tem quem pegue até visita guiada (e não são poucas)! Ao lado, estão o Centro Cultural da Recoleta - que abriga diversas exposições - e o Buenos Aires Design - que, além dos itens de arte e design, reúne alguns restaurantes e espaços de lazer.


Plaza Naciones Unidas
Próximo desses pontos, está o Museu de Belas Artes, onde estão reunidas obras de artistas como Van Gogh, Monet e Renoir. E a entrada ainda é gratuita. Imperdível!

Na região existem muitas praças, entre as quais se destacam a Plaza Francia e a Plaza de las Naciones Unidas, onde está a enorme flor de aço. Aproveite para passar também no Parque Carlos Thays, que é pertinho. Recoleta é destino obrigatório e tem que ir, ao menos, passar um dia inteiro. O bairro é muito bonito e agradável.


Jardim Botânico
Não muito longe de lá, está o prestigiado bairro de Palermo - o qual é dividido em diferentes sub-regiões. Próximo da Plaza Itália está a área de parques, onde é possível visitar praças e os Bosques de PalermoAo lado da Praça Itália, está o Jardim Botânico. Além da flora diversa, existem esculturas lindas espalhadas por todo o local. Praticamente um museu a céu aberto. Foi uma surpresa super agradável, não esperava que fosse tão bonito! É um local muito tranquilo, onde há poucos turistas.



Jardim Japonês
Na região está também o Jardim Japonês, que integra o Parque Três de Fevereiro. O local é enorme, bonito e bem estruturado.
O bairro é muito conhecido pelo bares e restaurantes, que estão - em sua maioria - em Palermo Soho e Palermo Hollywood. Um dos grandes nomes é o La Cabrera, que eu não indico, pois fui muito mal atendida pelo gerente e não achei a comida tão boa (além de ser caro!). No entanto, há muita opções, então independente desse incidente, ainda indico jantar na região. Além de ser um pólo da gastronomia e da vida noturna, Palermo é muito bonito.
Bombonera - Estádio do Boca Juniors

E claro que La Boca não poderia faltar aqui! Bastante conhecido pelo Caminito, o bairro fica próximo do porto e abriga o Museu e Estádio do time Boca Juniors (um dos principais times de futebol do país), o Bombonera. Mesmo para quem não gosta tanto de futebol (como eu), a visita vale muito a pena. Normalmente, não se recomenda que o turista vá sozinho ao bairro, portanto, o interessante é pegar uma visita guiada desde o hotel. A entrada do estádio, incluindo o museu, custa 470 pesos (preço para estrangeiros).


Tango no Restaurante Don Quijote
Próximo do estádio, está o Caminito, uma rua conhecida pelas fachada composta de casas coloridas. Os imigrantes as construíram no século XIX com sobras de tinta e o resultado é muito bonito!
Na rua ao lado, há vários restaurantes, sempre lotados na hora do almoço. Muitos oferecem música ou dança (tango ou chacarera) para acompanhar as refeições.
Além de conhecer essas ruas, aproveite para comprar um alfajor no Havanna (essa é a filial mais emblemática da rede) e, se estiver com tempo, vá ao Museu de Cera. Existem ainda alguns mercadinhos de artesanato e muitos artistas vendendo quadros e outros artigos.

Poderia passar horas falando sobre Buenos Aires, porque a cidade transborda opções do que fazer e de onde ir. Sem dúvida, é uma cidade fantástica e uma das minhas capitais favoritas! Recomendadíssimo!


Loja Havanna e casas do Caminito

- Quantos dias ficar: É possível conhecer o roteiro básico em uns cinco ou seis dias. Mas a quantidade de coisas para fazer por lá é enorme, então você não se arrependerá se quiser ficar mais do que isso. Eu fiquei oito dias e achei uma quantidade ótima.

- Onde ficar: A cidade é enorme, então é importante escolher bem onde vai ficar, de acordo com o que pretende fazer. Para conhecer os principais pontos turísticos, indico o Montserrat (também chamado de microcentro), que é perto de tudo! Fiquei na Avenida de Mayo e recomendo, pois além de movimentada é super bem localizada. Não recomendo os hotéis da rua Florida, pois já ouvi diversos relatos de furto por lá (como a área é comercial, fica vazia à noite). Se a intenção é priorizar bares ou um fazer um roteiro gastronômico, fique em Palermo, um dos principais pontos agitados durante à noite. Já se você pretende procura um lugar charmoso e tranquilo para descansar, recomendo o bairro da Recoleta. Tem quem goste de ficar em San Telmo, mas aí - pessoalmente - acho que é uma boa somente se o hotel for próximo do centro (San Telmo é bairro vizinho do centro).
Circuito do Humor
- Transporte: Partindo do microcentro, a maioria dos pontos turísticos dá para conhecer a pé. Para locais mais distantes, recomendo ônibus e metrô, ambos transportes fáceis e baratos. Tem um site e um aplicativo de celular que mostram como chegar de um ponto ao outro na cidade, o que facilita bastante. Lembrando que o pagamento de ônibus pode ser feito apenas com moedas. Conheço muita gente que teve problema com motoristas golpistas nos táxis de Buenos Aires, então use a menor quantidade de vezes possível.
- Como chegar: Existem dois aeroportos na capital: o Aeroparque, que está situado a uns 7 quilômetros do centro, e o Ezeiza, que é o maior aeroporto da região e está a mais de 30km do centro de Buenos Aires. Ambos são organizados e bem sinalizados. É possível também chegar de ônibus de algumas cidades brasileiras, como Porto Alegre, ou de capitais de nações vizinhas, como Montevidéu. Outra opções: o barco que parte várias vezes ao dia da Colônia do Sacramento (Uruguai) e os navios que fazem a rota do sul da América Latina. Para chegar ao hotel, recomendo táxi oficial ou transfer (como acabei de comentar, táxi convencional não é a melhor pedida por lá).
Museu do Boca Juniors
- Moeda: A moeda oficial é o peso argentino. Muitos locais aceitam reais ou dólares, mas o câmbio nunca é dos melhores. Todos os restaurantes e lojas que visitei aceitaram cartões, porém não esqueça que o seu uso no exterior sempre implica em taxas (como o IOF ou eventual taxa bancária). O ideal é levar dólares ou reais (eu geralmente levo reais, quando viajo), procurar um bom câmbio e ter peso em espécie! Leve alguns pesos daqui também, para possíveis imprevistos.
Museu de Belas Artes
- Locais: Na região central, vá aos principais pontos turísticos, como Casa Rosada, catedral, obelisco, congresso e Teatro Colón. Não deixe de caminhar pelas principais avenidas, como a 9 de Julio (onde está o obelisco) e a Av de Mayo (onde está o Café Tortoni). Se quiser fazer compras, passe pela rua Florida, Galerias Pacífico e Avenida Santa Fé (onde está a lindíssima livraria El Ateneo). Próximo da região, está o bairro de San Telmo, onde está El Paseo de la Historieta, o circuito de humor. Não deixe de conhecer a feirinha de domingo, que ocupa grande parte da região desde cedo, e - se tiver tempo, caminhe pelo bairro: há várias igrejas e prédios antigos muito bonitos. Na Recoleta, está situado o famoso cemitério, o Centro Cultural da Recoleta, o Buenos Aires Design, o Museu de Belas Artes, além de praças como a Naciones Unidas. Na região de Palermo, além dos bares e restaurantes que fervilham na região da Plaza Serrano - o chamado Palermo Soho -, conheça o Jardim Japonês, os Bosques de Palermo e o Jardim Botânico (dá pra fazer tudo à pé, descendo na estação de metrô da Plaza Italia). Não deixe de conhecer também a região de La Boca, onde estão o Caminito e o Bombonera. Você pode acessar informações atuais, como agenda cultural, no site oficial de Buenos Aires. Se tiver mais alguns dias, aproveite para conhecer a cidade do Tigre, que fica pertinho da capital.
Convento São Francisco, uma das lindas igrejas de San Telmo
- Cuidados: A cidade tem fama de ser perigosa, mas é bem mais seguro do que muito local em que já estive. Acho que os principais cuidados são dois: não descuidar dos pertences (o que é básico em toda a cidade grande) e sempre conferir o dinheiro (tem bastante nota falsa por lá!) - seja no troco, seja na própria casa de câmbio. O único local que não é recomendado que o turista vá sozinho é a região de La Boca, então contrate um tour.
- Culinária: Carne, carne e carne. Entre os pratos principais, destacam-se o bife de chorizo com batatas e a parrillada, que é uma espécie de churrasco. A culinária é super parecida com a de Montevidéu. Não deixe de provar empanadas, alfajor e doce de leite!
- Preços: Eu diria que está na mesma média de cidades como São Paulo, por exemplo. Tudo depende muito da cotação do momento. Varia demais mesmo! Eu comprei 3,30 pesos com um real. Um ano depois da minha viagem para lá, a cotação já estava com o dobro. E olha que eu pesquisei! Algumas coisas possuem um preço bom, como vinhos (vale a pena trazer). Mas sair para jantar, por exemplo, está longe de ser barato (pelo menos, para quem pega essa cotação terrível). Uma dica é aproveitar o menu executivo - oferecido por praticamente todos os restaurantes - durante o almoço, que geralmente inclui couvert, prato principal, bebida, e às vezes até sobremesa por um preço super amigável.

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