6 de outubro de 2013

Tigre - Argentina






Tigre é uma pequena e graciosa cidade localizada ao norte de Buenos Aires, junto a um dos maiores deltas do mundo. É um destino muito comum para os finais de semana dos residentes da capital argentina, mas também é cheia de turistas que buscam uma alternativa tranquila às grandes cidades latinas. Repleta de opções de atividades fluviais, oferece diferentes tipos de passeios de barco, desde o tour entre os principais pontos turísticos, até o aluguel de jet ski ou caiaques. Há também áreas de banho e prática de outros esportes aquáticos.


Fui à cidade pela estação Retiro em Buenos Aires, onde peguei um trem até a Estación Tigre. Optei por não contratar passeio, pois todos os que eu encontrei tinham um horário muito restrito e eu queria passar mais tempo por lá. De início, fiquei receosa de ir por conta, principalmente quando cheguei na estação Retiro, que é uma loucura, mas deu tudo certo! Quando for comprar a passagem, informe-se se vai direto ao Tigre, pois uma das empresas vai apenas até estação Mitre, e de lá é necessário descer e trocar de transporte.


Chegando lá, na frente da estação de trem, é possível avistar o principal rio da cidade, onde estão a maioria dos barcos, e a Avenida Victorica, onde localizam-se restaurantes e alguns pontos turísticos.
Cheguei durante a manhã e fui direto fazer o passeio de barco. O tour dura umas duas horas e passa por diversos rios e pontos turísticos. Se você for em um dia quente (o que aconselho), a minha dica é optar pelos barcos de madeira, com janelas amplas. Eu acabei indo no primeiro guichê e (sem saber) peguei um barco com assentos estofados. Essa escolha seria interessante se o dia estivesse frio, mas era pleno verão. (Todas as empresas cobram o mesmo valor, então é questão de se informar antes para saber qual o tipo de barco.) De qualquer forma, o passeio vale a pena! Principalmente porque muitos lugares só são acessíveis por meio dos rios.


Além do passeio de barco, é imprescindível dar uma volta a pé: a cidade é super bonita e arborizada. Minha dica é caminhar pela Av. Victorica, para conhecer melhor a região. Por ali, é possível visitar alguns locais, como Museu Naval ou Museu do Mate, ou apenas apreciar as construções. Muitas pessoas sentam por ali e ficam horas tomando um chimarrão e observando a paisagem. Como há algumas décadas a região era destinada somente a pessoas de alto poder aquisitivo, tudo é muito bem cuidado.

A maioria dos restaurantes servem refeições para mais de uma pessoa e carne como prato principal. Para quem está sozinho e procura um local que tenha outras opções, recomendo o Tanto la Queria. Dentre o cardápio variado, há opções de massas e pizzas (que foi a minha escolha e estava impecavelmente preparada), além de sobremesas diversas. Indico qualquer coisa com doce de leite, afinal o doce argentino é o melhor! O atendimento também é bom (o garçom se esforçou para me explicar todas as opções), e a vista é privilegiada! Bem de frente para o rio.

- Quantos dias ficar: É possível ir apenas passar um dia, mas tudo depende do que pretende fazer. A cidade é pequena, mas para quem gosta de passeio de barco ou esportes relacionados, é interessante ficar mais tempo!


- Onde ficar: Pelo (pouco) que conheci, aconselharia a ficar próximo do porto, mas há alguns resorts mais afastados que parecem ótimos para quem quer descansar. 

- Transporte: A melhor forma é contratar um passeio de barco, pois - como comentei - muitos locais não são possíveis de conhecer a pé. Mas não deixe de caminhar pela avenida principal!

- Como chegar: O aeroporto mais próximo é o Aeroparque, mas também é possível chegar pelo Aeroporto de Ezeiza, ambos em Buenos Aires. De lá, você pode contratar um transfer ou ir por conta, de trem, ônibus ou barco. Se optar pelo barco, é só ir até o Puerto Madero. Caso prefira ir de trem, vá até a estação Retiro (de táxi ou metrô) e compre a passagem lá mesmo. Eu fui de trem e recomendo! Além da capital argentina, acredito que seja fácil chegar por Montevidéu também.

- Moeda: Eu levei pesos argentinos, mas dólares e cartão de crédito são aceitos sem dificuldade.

- Locais: Como alguns locais só podem ser vistos de barco, aconselho o passeio pelos rios, no qual é possível ver diferentes museus, casas e até pequenas praias. É interessante também caminhar na Avenida Victorica, onde está grande parte dos atrativos terrestres. O Museo del Tigre parece lindíssimo, mas infelizmente estava em reforma durante a minha visita. A cidade é tranquila, assim como as opções de lazer e turismo: ou seja, existem poucos bares. Se procura um destino com vida noturna agitada, Buenos Aires é mais adequada.

- Cuidados: A região é bem segura! Fui sozinha e não tive problema algum.

- Culinária: Por conta da proximidade, a alimentação exatamente a mesma de Buenos Aires. A base é carne, que normalmente é acompanhada de um Malbec (uva mais conhecida por lá). Para fechar sua refeição, aproveite para provar algo com doce de leite, pois a chance de não estar bom é quase nula.

- Preços: Comparado às grandes cidades latinas, não é caro. A faixa de preço é similar ao Brasil.

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Um comentário:

  1. Que delícia de lugar! E é a primeira que vez "escuto" alguém falar sobre pegar o trem em BsAs... pareceu tranquilo \o/

    E não sei pq, mas até então, tinha em mente há eras que estive na cidade para ir até o Temaikén haha (até checar agora e ver que ele fica em Escobar e não em Tigre, como na época o motorista havia me informado D: )

    ..logo, a imagem que eu tinha de Tigre era meio absurda se comparada com o que contou aqui! Parece um cantinho ótimo pra dar uma fugidinha da capital ali :]

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